Viagem para a Europa
setembro 30, 2014
Em agosto fiz a viagem dos
meus sonhos: uma Eurotrip! Eu e meu namorado escolhemos alguns lugares da Europa
que gostaríamos de conhecer, e na lista entraram: Paris, Amsterdam, Barcelona,
Madrid e Lisboa.
Ficamos cerca de 6 meses
planejando a viagem, e claro, uma pulguinha atrás da orelha apareceu: como vou
lidar com todas as questões acerca do diabetes, fazendo uma viagem tão longa e
para tão longe?
Sei que ter diabetes não me
impede de fazer viagens, sair com amigos, ir para a balada, enfim. Mas o
“desconhecido” traz certa insegurança. Eu nunca havia saído do país antes,
nunca havia entrado em um avião. Por isso surgiram tantas dúvidas: como vou
ficar transportando as insulinas de um país pro outro? Vou ter algum problema
nos aeroportos por estar carregando tantas agulhas, seringas e lancetas? E as
comidas diferentes: como vou fazer a contagem de carboidratos quando eu comer
algo que não conheço, e que não está na tabela? Como vou aplicar a dose fixa de
Lantus, se tem fuso horário de um país pro outro?
Para mim, foi tudo uma
novidade, mas lidei bem com a situação.
Ainda no Brasil, um agente
da polícia Federal encrespou porque eu estava com uma caixa de agulhas. Segundo
ele, a quantidade era grande, mas como eu estava com a receita, e na receita
estava especificado “1 caixa”, então ele não teve muito que questionar.
Como eu nunca havia entrado
em um avião antes, imagino que fiquei um pouco ansiosa sem perceber. Dentro do
avião tive uma hipo (e nem senti os sintomas), seguida de uma super hiper. Mas
foi tudo controlado em seguida.
Durante a viagem tive uma
hipo no meio da rua em Madrid. Mas um sorvete super delícia que meu namorado
comprou resolveu. Claro que quem optou pelo sorvete fui eu, porque dentro da
bolsa sempre tinha um pacote de balas e várias caixinhas de Glicoinstam. Legal
que em Paris andamos muito a pé, o dia inteiro. E a glicemia ficou muito boa (e
eu imaginando que ela iria cair).
Outro medo que eu tinha era
sobre a conservação da insulina. Nem todos os hostels que ficamos tinham um
frigobar para guardarmos nossas coisas. Mas o pessoal da recepção era muito
solícito, entendiam a situação e guardavam a bolsinha com as insulinas com
muita boa vontade.
Claro que comi uns docinhos
aqui e ali, principalmente os famosos macarons da Ladurée em Paris. Não me
privei de nada, afinal estava vivendo um sonho. Mas também não enfiei o pé na
jaca e vivi de doces durante toda a viagem. Comemos fast food sim, mas
almoçamos (arroz, carne, salada!) muito bem também. Só não tinha feijão rsrs
E sobre a dose fixa da Lantus
(aplico todos os dias às 17h), minha endócrino definiu que a dose seria
aplicada todos os dias às 8h. Quase uma semana antes, fui fragmentando as
doses, até me adaptar ao horário de 8h da manhã, com a dose completa. E quando
voltei, apenas 2 dias de readaptação para o velho horário de 17h :) Tudo certo!
Agora que eu fiquei
fascinada pela Europa, pretendo voltar. E o cuidado com meu diabetes não será
mais uma surpresa.
2 comentários
Que delícia! É isso aí, o importante é fazer o que gosta! Bjs!
ResponderExcluirQue legal, Nayana. Adorei as fotos. Obrigada pelo comentário lá no blog. E nos meus planos é claro que tem pro futuro uma visita a Europa! Adorei o blog!
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