A relação do diabético com
sangue é algo constante, é algo que a gente lida no nosso dia a dia: furar a
ponta do dedo para conseguir uma gota de sangue e medir a glicemia, aplicar
insulina com a agulha, seja da seringa, da caneta ou da bomba e, às vezes, acertar
um vasinho e ter como consequência mais uma gotinha de sangue saindo pelo
furinho da agulha…
Eu já estou acostumada com
sangue, não ligo, não passo mal, não desmaio, nem do cheiro eu reclamo. Porém,
minha última experiência instalando o sensor Enlite foi um pouco mais sangrenta
complicada do que de costume.
Eu uso o sensor Enlite desde
fevereiro de 2014. Óbvio, não uso direto devido à falta de responsabilidade da
secretaria de saúde de MG, inclusive, no ano de 2016 eu só usei o Enlite apenas
um mês, em abril.
Por isso, eu já estou
acostumada a sair um pouco de sangue toda vez que faço a aplicação dele no meu braço. Nada fora do comum. A pressão que o aplicador faz na pele é um pouco
forte, então para mim é normal se por acaso sangrar um pouco. Mas dessa vez foi
diferente. Teve sangue. Muito sangue. Muito sangue mesmo, saindo pelo sensor,
para fora do adesivo.
Meu único medo, na verdade,
foi perder o sensor. Achei que ele não iria funcionar, pois a parte do sensor
encheu de sangue e está com sangue até hoje. Daqui 6 dias eu troco.
Assim que começou a sair muito
sangue, minha irmã, que me ajuda a aplicar, me avisou e disse que nunca tinha
visto sair tanto sangue. Eu fui até o espelho para ver a situação, peguei
um papel para limpar o sangue e fiz muita pressão. Fiquei uns 15 minutos
fazendo pressão para estancar o sangramento. Eu não tinha certeza se ele iria
funcionar, mas decidi continuar a aplicação do sensor. No dia seguinte,
eu liguei o sensor, calibrei e esperei o resultado ao longo da manhã. Os
resultados do sensor na bomba estavam iguais ao do glicosímetro, por isso eu
fiquei aliviada e confiei no sensor.
Experiência nada agradável