Punta Cana: mar do Caribe à vista

março 19, 2016

Mais uma viagem sensacional que tive a felicidade de viver: Punta Cana é um paraíso!

Essa viagem em especial era sobre descanso. Antes mesmo de pensar no destino, tinha internalizado que a viagem de minhas próximas férias seria para relaxar e não para turistar. Gosto do que faço, mas é um trabalho que por vezes me deixa muito estressada e sobrecarregada. Por isso, eu e meu namorado - companheiro de viagens - escolhemos um destino mais calmo, onde pudéssemos, literalmente, fazer NADA. Pronto! Decidimos que o destino seria o Caribe e batemos o martelo sobre Punta Cana, que fica na República Dominicana. Cogitamos ir para Cancun, mas logo percebemos que é um lugar mais agitado e no momento não era isso que estávamos procurando.
Pesquisei muito, como sempre, e fiquei super animada em conhecer mais um país. A ideia de nadar em águas cristalinas e poder sentar na espreguiçadeira em meio à areia branquinha e vários coqueiros me entusiasmou bastante! 
Quando percebi que estava indo para um lugar em que na maior parte do tempo eu ficaria na água, confesso que fiquei bem apreensiva e a primeira coisa que pensei foi: “Vou ter que voltar para o tratamento com seringas e canetas de insulina”.
Explicando melhor: atualmente eu faço o tratamento com a bomba de insulina, e ela não pode molhar. Além disso, ela fica conectada ao meu corpo 24h, e quando eu a retiro por um período superior à 1h, minha glicemia sobe consideravelmente.
Antes de seguir viagem, marquei uma consulta com minha endócrino uma semana antes da data prevista. No dia da consulta, expliquei tudo para minha médica e humildemente a pedi: “Posso voltar para o tratamento com seringa durante 1 semana, somente por causa da viagem?”
E ela me respondeu: “Por que você quer tirar a bomba? Não é melhor viajar com ela?” E eu, toda confusa respondi: “Mas ela não pode molhar, e vou ficar muito tempo dentro da água…..”
Eu, boba, é que não sabia a resposta maravilhosa que estava por vir: “Mas a gente faz assim: desativa a basal da bomba e você volta para a Lantus na caneta 1 vez por dia, e quando você comer alguma coisa, conecta a bomba, faz o bolus, quando terminar você desconecta e guarda a bomba. Na verdade, a bomba será como a caneta de Humalog, a diferença é que você não vai precisar ficar furando a pele em toda aplicação, porque já vai estar com a cânula da bomba no corpo. E é só lembrar de fazer a troca normal, a cada 3 dias!”
Gente, quase chorei de felicidade dentro do consultório. Isso simplificou 100% minha vida durante a viagem.
A viagem estava marcada para um domingo, então no sábado desliguei a basal da bomba e comecei a aplicar a Lantus. Chegando a Punta Cana, a primeira coisa que fiz foi ajustar a hora na bomba (fuso horário de - 1h em relação ao Brasil).
Nos 2 primeiros dias foi difícil controlar a glicemia. Como no resort havia comida e bebida 24h, foi impossível manter um padrão dos horários das refeições. E contar os carboidratos também foi dificílimo, tanto por causa da porção como pelo tipo de comida (experimentei vários tipos de comidas diferentes e também arrisquei uns drinks). E percebi que os drinks eram o que realmente faziam minha glicemia ir às nuvens. 

Cheguei a ter uma medida de mais de 400 mg/dL. Depois disso, parei de beber os drinks, que eram super doces, e fiquei mesmo na Pepsi light. Pela manhã, deixávamos recadinhos presos no frigobar para as camareiras que iam arrumar o quarto. Escrevíamos em espanhol e em inglês para que elas reabastecessem o frigobar com refrigerante light, porque um dos dias elas colocaram vários refrigerantes comuns :( Deixei para o Darlan beber ;D
A ação de conectar e desconectar o cateter era constante. Percebi que no final do 2º dia, ficava mais difícil conectar o cateter ou a tampinha, eles não deslizavam direito. Fiquei pensando que talvez fosse por causa do cloro da água da piscina, ou por causa de areia… Pode ser que esses resíduos se juntaram nos orifícios de encaixe e por isso ficou agarrando desse jeito.
Foi muito tranquilo ficar com o “curativo” da aplicação do cateter, pois eu aplicava sempre na parte de trás dos glúteos para que a calcinha do biquíni o escondesse.

E quando eu precisava aplicar insulina, eu conectava a bomba, ficava com ela dentro da bolsinha térmica e depois desconectava. Super discreto, ninguém percebia nada.


Punta Cana é um lugar muito lindo! A viagem foi maravilhosa, tranquila e consegui descansar pra valer. Só não descansei do meu diabetes, afinal de contas, o controle precisa ser constante =)

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Bomba de insulina


Em 2014 comecei uma nova vida com a bomba de insulina. Liberdade, escolhas, descobertas. Vem conhecer um pouco mais sobre esse tratamento!

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