Bomba de insulina x água

novembro 20, 2018


sensor libre no braço dentro da piscina

Do final de 2017 pra cá, é impressionante o tanto que tenho tido contato com a água, seja mar, piscina, lagoa…
Esse ano, vivi mais uma experiência memorável. Daquelas coisas que eu nunca tinha feito antes.
Andei de jet ski!


jetski na agua sem bomba de insulina

“Nossa Nayama, que bobeira. Achei que fosse algo surpreendente, fora do normal.”
Peço que troque o botãozinho e veja as coisas pelo meu lado, meu lado diabética.

Primeiro, andar de jet ski é muuuuuito legal! E não, eu nunca tinha andado e digo mais: conheço pouquíssimas pessoas que também já andaram hahaha


Fora a curtição, tem sempre aquela realidade: bomba de insulina x água. Como ainda não uso a 640G, que é prova d’água, essa é uma questão que sempre pesa para mim.

Tirar a bomba para entrar na água significa suspender o tratamento temporariamente. Isso interfere diretamente no controle da minha glicemia, que daí algum tempo começa a subir.

O controle tem que ser maior. E quando digo controle, não me refiro apenas à glicemia, me refiro à vontade. Vontade de ficar mais tempo na água. Vontade de ficar brincando mais um pouco com o jet ski. Ter que sair enquanto todos continuam na água. É preciso de uma força de vontade tremenda e saber que não posso ficar na água por 1 hora, 2 horas direto, como meus amigos fazem. É preciso abrir mão.

O legal, é que não é preciso abrir mão de tudo. E quando eu falo tudo, estou me referindo a TUDO: brigadeiro, praia, cerveja, batata frita, montanha-russa, sol, dançar, correr, tomar chuva, dormir até tarde….

O grande X da questão é o ponto de equilíbrio. É saber quando abrir mão de uma parte, e não necessariamente do todo.

A conta é simples e deixo aqui vários exemplos de coisas corriqueiras da minha vida:

Antes, eu ia à praia e ficava dentro do mar por cerca de 2 horas seguidas. Hoje, eu fico 30 minutos. O equilíbrio: eu não deixo de ir à praia, apenas fico menos tempo dentro do mar.

Antes, eu dormia até meio-dia nos fins de semana. Hoje, eu continuo dormindo até meio-dia, porém coloco o celular para despertar e medir a glicemia de madrugada. O equilíbrio: eu não deixo de dormir até meio-dia, porém acordo mais vezes e interrompo o período do sono para monitorar a glicemia.

Antes eu acordava e não comia nada, esperava pelo almoço, pois detesto comer qualquer coisa pela manhã. Hoje eu não saio de casa sem comer. O equilíbrio: eu ainda detesto comer de manhã, mas quando eu fico em jejum por muito tempo, minha glicemia sobe horrores. Por isso, eu como coisas bem leves, como uma fruta ou um copo de leite com cappuccino diet. Não deixo de comer, mas não me sirvo de um banquete, é apenas para quebrar o jejum.

Antes eu bebia muito (álcool), principalmente bebida destilada. Nunca bebi cerveja. Hoje, eu bebo pouco. Ainda fico no destilado, mas bebo também a famosa Skol Beats, que é cerveja, mas parece bebida destilada. O equilíbrio: além de diminuir a quantidade de álcool, eu aprendi a comer quando bebo. Não deixo de beber, apenas bebo em quantidade menor.

E por aí vai. O equilíbrio é fundamental na vida de qualquer pessoa, mas na vida de um diabético, o equilíbrio é essencial.


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Bomba de insulina


Em 2014 comecei uma nova vida com a bomba de insulina. Liberdade, escolhas, descobertas. Vem conhecer um pouco mais sobre esse tratamento!

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